Ser Mãe…

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Ao longo de várias semanas vamos tentar esclarecer algumas das dúvidas que podem “assaltar” uma mãe – ou pai?

 

Se ser mãe traz consigo muitos momentos de alegria, a verdade é que, por vezes, nos surgem problemas dos quais não sabemos como sair. E, aí, as coisas tornam-se assustadoras!

O que fazer quando o meu bebé está constipado?

Como ajudá-lo a largar as fraldas?

Devo ou não dar de mamar ao meu bebé?

Estas são apenas algumas das dúvidas que podem “assaltar” uma mãe – ou pai…

Para que aproveite da melhor maneira toda esta nova experiência, vamos deixar-lhe, nas próximas semanas, uma série de artigos onde procuramos dar ideias práticas e indispensáveis.

Guiá-la é o nosso principal objectivo…

Para que tal aconteça, vamos abordar diversas temáticas que passam:

pela gravidez e o parto – o planeamento da gravidez, os cuidados pré-natais, o trabalho de parto, o bebé recém-nascido, etc.

pelos cuidados a ter com o bebé – alimentação, o aleitamento, o sono, a higiene, o crescimento, etc.

pela saúde – sinais de doenças, a vacinação, primeiros socorros, etc.

Estes vão ser alguns dos temas que irão merecer destaque nas próximas semanas.

Entretanto, voltemos ao princípio… Ao momento em que tudo começa, isto é, ao momento da concepção. Primeiro passo: Planear a gravidez.

Um projecto a dois…É a partir desta perspectiva que uma gravidez deve ser olhada. Por isso, não há nada melhor do que planeá-la com uma certa antecedência. Aliás, este é já meio caminho andado para se viver uma gravidez normal e saudável, tanto para a mãe como para o filho.

O período de planeamento pode, muito bem, ser aproveitado para analisar a actual situação, bem como tomar as devidas medidas para que eventuais problemas ou obstáculos não surjam quando menos se esperam.

Antes de engravidar, tome então em consideração os seguintes aspectos…

Idade

Entre os 20 e os 30 anos parece ser a altura indicada para uma mulher ter filhos – o seu corpo já se encontra, quer fisica quer psicologicamente, preparado para tal.

Antes deste período, os riscos de nascerem prematuros ou nados-mortos são maiores. Neste caso, é fundamental um maior acompanhamento por parte do médico.

Mas há quem opte por engravidar mais tarde… Apesar dos riscos de uma gravidez difícil aumentarem após os 35 anos de idade, os problemas podem ser ultrapassados ser a mãe for saudável e estiver em forma.

Atenção à rubéola

Esta é uma doença que, quando contraída durante os primeiros meses de gravidez, pode causar graves lesões internas ao bebé.

Por isso, convém certificar-se de que está imune à rubéola através de uma análise ao sangue. Se tal não se verificar, vacine-se com, pelo menos, 3 meses de antecedência.

Doenças hereditárias e doenças crónicas

Hemofilia e fibrose cística são algumas das doenças contraídas por via hereditária.

Caso alguma delas exista na história das famílias do casal, é aconselhável consultar um médico que, se assim o entender, poderá encaminhar os futuros pais para uma consulta de aconselhamento genético.

Quanto às doenças crónicas, das quais destacamos a epilepsia ou as diabetes, é fundamental dar a conhecer ao médico a situação, antes mesmo de engravidar.

Saúde

Uma vida saudável é fundamental para o desenvolvimento e crescimento de um bebé. Por isso, redobre as atenções sobre a sua própria saúde.

Ao nível da alimentação, por exemplo, não se esqueça de comer alimentos frescos e variados. Mantenha-se, ainda, em forma fazendo exercício físico regularmente.

Manter um peso equilibrado e de acordo com a sua altura é também essencial, principalmente durante os seis meses antes de engravidar.

Se acha que está gorda ou magra de mais, peça ajuda ao seu médico.

E não se esqueça: o tabaco e as bebidas alcoólicas devem ser postos de parte logo que se pretenda engravidar.

Pílula?

Para que o corpo retome o seu ciclo normal, convém abandonar a pílula bastante tempo antes da altura planeada para a gravidez.

O melhor é mesmo deixar passar três períodos menstruais antes de tentar engravidar – só assim será possível determinar, com mais exactidão, a data do parto.

Condições de trabalho

O contacto com determinadas substâncias químicas (como o chumbo ou os raios-X) pode constituir um verdadeiro perigo para a saúde do feto.

Por isso, se a sua actividade profissional implica este contacto, dê-o a conhecer ao seu médico e, caso isso seja necessário, mude de local de trabalho antes de engravidar ou tome todas as precauções, de maneira a evitar os riscos da exposição.

No fundo, o que deve fazer é verificar se, no seu modo de vida, existe algum obstáculo que a impeça de engravidar ou que possa, eventualmente, pôr em risco a saúde do seu bebé.

Se tal não acontecer, então meta mãos à obra…

A pergunta que depois a assola é, inevitavelmente, estarei grávida?

Existem uma série de sintomas que lhe podem, ou não, responder a esta dúvida. Podemos destacar:

ausência de menstruação;

seios maiores e dolorosos;

cansaço geral;

sensação de fraqueza;

aumento do corrimento vaginal;

enjoos e vómitos;

sensibilidade exagerada;

vontade constante de urinar.

Estas mudanças têm, geralmente, origem nas alterações hormonais que se verificam nas primeiras semanas após a concepção, como forma de preparar o organismo para o desenvolvimento do feto.

Mas nem sempre estes sintomas são indicadores de que atingiu o seu objectivo… A ausência de menstruação, por exemplo, pode ter na origem o cansaço ou a ansiedade. Sendo assim, logo que possa, procure confirmar a gravidez.

Hoje, testes “caseiros” já se encontram disponíveis em qualquer farmácia. Estes devem ser feitos com a primeira urina da manhã e são bastante fiáveis se se seguirem todas as instruções.

Mas, por vezes, os erros também surgem… Por isso, consulte o seu médico para ter 100% de certezas. Uma vez confirmada a gravidez, saiba que os primeiros três meses são fundamentais para a formação dos órgãos internos do bebé. Este é, aliás, o período onde os riscos são maiores.

Por isso, toda a atenção é pouca… Nunca é de mais lembrar que o tabaco, as bebidas alcoólicas ou a automedicação são inimigos a combater sem impiedade. Vejamos algumas das consequências caso a caso…

Tabaco

Bebés prematuros, com baixo peso à nascença, maiores probabilidades de abortar ou malformações são apenas alguns dos possíveis efeitos que resultam do hábito de fumar. Se não conseguir abandonar completamente o tabaco, opte por fumar menos, não inale o fumo e apague o cigarro a meio.

Evite, ainda, ambientes com fumo – os especialistas pensam que o fumo passivo se encontra entre as causas da síndroma da morte súbdita.

Álcool

A ingestão de bebidas alcoólicas pode afectar o pleno desenvolvimento do feto. Por isso, ponha de lado as bebidas espirituosas e nunca beba mais de duas unidades de álcool (dois copos de vinho ou uma cerveja) uma a duas vezes por semana.

Automedicação

Nunca tome medicamentos sem antes consultar o seu médico. E isto aplica-se mesmo a um simples e, aparentemente, inofensivo analgésico.

Estes podem ter efeitos nocivos sobre a saúde do bebé.

Além destas, outras precauções devem ser tomadas em consideração. A toxoplasmose é uma delas… Extremamente perigoso para o feto, este parasita pode ser encontrado nos excrementos de cães e de gatos, bem como na carne crua.

Assim, evite o contacto com estes animais e, depois de pegar em carne crua, lave muito bem as mãos. Lave ainda com cuidado toda a fruta e todos os vegetais, antes de os comer.

São muitas as regras, mas vale a pena.

 

Só assim poderá gozar, descontraidamente, os próximos meses…

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